Saúde Mental em Alta: Terapias Virtuais Ganham Popularidade em 2025
- Tailisi
- 22 de jan.
- 2 min de leitura
Atendimentos online se consolidam como solução acessível e eficiente para tratar transtornos psicológicos, mas regulamentação ainda é desafio.

A busca por saúde mental nunca esteve tão em evidência. Em 2025, terapias virtuais se tornaram uma das principais formas de tratamento psicológico no Brasil e no mundo. O avanço da tecnologia, aliado à crescente aceitação social de cuidados com a saúde mental, fez com que plataformas de atendimento remoto se tornassem uma solução prática e acessível para milhões de pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais afetam mais de 1 bilhão de pessoas globalmente, com aumento significativo de casos de ansiedade e depressão após a pandemia de COVID-19. No Brasil, uma pesquisa recente do Instituto de Psiquiatria da USP revelou que 34% da população já utilizou algum serviço de terapia online.
As plataformas de terapia virtual oferecem comodidade e custo reduzido em comparação com o atendimento presencial. Com apenas um smartphone ou computador e uma conexão à internet, os pacientes podem agendar sessões com psicólogos ou psiquiatras licenciados de qualquer lugar do país. Essa modalidade é especialmente útil para pessoas que vivem em áreas remotas, onde o acesso a profissionais de saúde mental é limitado.
Entre as empresas que lideram esse mercado estão startups brasileiras como Zenklub e Vittude, que registraram crescimento de mais de 120% no último ano. Essas plataformas conectam usuários a especialistas em diferentes abordagens, como terapia cognitivo-comportamental, psicanálise e mindfulness. A adesão também tem sido alta entre empresas, que contratam planos de terapia online para seus colaboradores como parte de programas de bem-estar corporativo.
Contudo, nem tudo são avanços. A regulamentação ainda é um ponto crítico. Embora o Conselho Federal de Psicologia (CFP) tenha autorizado atendimentos remotos em 2018, o rápido crescimento desse mercado levanta questões sobre segurança de dados e qualidade dos serviços prestados. Alguns profissionais e pacientes relatam dificuldades em estabelecer vínculos terapêuticos na modalidade online, especialmente em casos graves que requerem intervenção imediata.
Outro desafio é o custo. Embora mais acessível do que as sessões presenciais, terapias virtuais ainda são financeiramente inviáveis para muitas famílias de baixa renda. Políticas públicas que garantam acesso gratuito ou subsidiado a serviços de saúde mental online são cada vez mais defendidas por especialistas.
Por outro lado, a tecnologia continua avançando para superar essas barreiras. Ferramentas de inteligência artificial (IA) estão sendo integradas às plataformas para oferecer suporte inicial aos pacientes, como chatbots que ajudam na triagem e no monitoramento de sintomas. Em um estudo conduzido pelo MIT, uma IA chamada Woebot demonstrou eficácia em reduzir sintomas leves de ansiedade em usuários de 18 a 30 anos.
Apesar dos desafios, o futuro da terapia virtual parece promissor. À medida que a sociedade se torna mais aberta sobre saúde mental e os avanços tecnológicos tornam o atendimento mais eficaz, é possível imaginar um cenário onde a terapia seja tão acessível quanto qualquer outro serviço essencial.
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